O Tempo Atual - Pequeno lembrete
Prezados colegas Associados, permito-me, aqui, tecer algumas considerações a bem de nós mesmos:
Para nós, o futuro já chegou! Já de muito, estamos usu- fruindo, utilizando, daquilo que amealhamos em toda a nossa vida laboral e de relações sociais. Crescemos e nos educamos nos educandários oficiais e nas escolas da vida, bem como nas crenças da nossa religiosidade e de valores que escolhemos. Já não há tempo para ambições materiais des- medidas. Agora é exercitarmos o papel de cidadão perante a sociedade que mantemos, e aperfeiçoar amizades. E aqui valem o nosso caráter e a nossa retidão, porquanto é vida que segue! E nossa nação parece perene! Um dia deixaremos cônjuges, filhos, netos, amigos, nossos símbolos — muitos já o fizeram. Daqui a algum tempo, nossas casas não serão mais nossas, o nosso carro será carcaça. Daqui a 30 ou 50 anos, ninguém, se lembrará de nós. Estaremos em outra dimensão ou patamar. Mas a vida continua! Ainda existirá o nosso povo e, no meio dele, estarão os nossos rebentos, descendentes, etc.
Ecoa, porém no tempo moderno em que nos situamos, o ruído das confusões e convulsões sociais, fruto do orgulho, personalismo, soberba e egoísmo — características depri- mentes e lamentáveis da humanidade. As polaridades diver- sas e adversas, par tidarismos sem par tidos, parcialidades em conveniências e uma ganância materialista desenfreada que mata o sublime gesto de FRATERNIDADE. Ressalta-se a verdadeira intolerância de toda parte! Estabelece-se o se- paratismo... Hoje vemos a nação dividida, na política e nas andanças; ela parece seguir a esmo! O povo inseguro e des- confiado. Já não se acredita nas instituições e/ou autoridades - sustentáculo do equilíbrio social. Reina certo receio de nos relacionarmos; como estamos sendo vistos e analisados. Perdeu-se a credibilidade da palavra, ela pode ser mal interpretada a bel prazer de quem queira. Andamos pouco vendo o chão, mas olhando de lado. É aquele “pé atrás”. O anormal!
Essa sofreguidão (às vezes dualidade) já vem sedimen- tando, em nossas ideias e na sociedade, espécie de viciações mentais, ou seja, já não sabemos como fustigar essa
realidade que se impõe! E os especialistas da Psiquiatria, Psicologia, etc, dizem em seus estudos que o problema das viciações mentais merece atenção especial e urgente, por- quanto elas interferem em nosso convívio geral e até modifica nossa individualidade, alterando, aqui e ali, nossa personalidade, com viés psicológico de difícil tratamento.
Quanto às viciações mentais, registramos, aqui trechos de algumas citações: “... À custa de inumeráveis sequências de emissões de uma mesma ordem de ideias, acabam por es- tratificar-se, criando verdadeiras matrizes de pensamentos, estabelecendo hábitos novos de longo curso, a expressar-se, em seu conjunto, qual segunda natureza, condicionadora de ações e reações”. E é isso que essas viciações mentais fazem em nós e na coletividade! Então, boa parte daquilo que deveria ser o nosso livre arbítrio, passa a construir sistemas de mecanismos automáticos, extremamente difíceis de serem alterados, porque tão profundamente se agregam ao que chamamos de “nosso modo de ser”. E é isso que estamos VIVENDO!
Então, queridos colegas, nossa recomendação (se couber) é que tenhamos prudência em nossos cometimentos. Achamos que nossos atos e pensamentos devem ressoar felicidade ou contentamento (a bem querência) e devem ter por base a cautela e a vigilância (muito cuidado), não desconfiança, covardia, ócio e hipocrisia. E isso são vícios da nossa personalidade — estão no nosso coração.
Saudações!